Recebi a carta de inscrição da Maratona de Boston

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Na última semana recebi a carta de confirmação da inscrição da Maratona de Boston.

Estou MUITO feliz! Comecei a correr há pouco mais de 3 anos e hoje estou inscrito na mais tradicional maratona de mundo. Não sei se irei, pois ainda estou em busca de algum apoio/patrocínio para ajudar a viabilizar o projeto.

Chegar até aqui foi muito difícil. Ainda tenho alguns meses para tentar realizar esse sonho. 🙂

2ª Corrida pela vida HCP – Vamos nessa?

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Recife será sede, no próximo dia 13, da 2ª Corrida pela Vida, do Hospital do Câncer de Pernambuco. Muito mais do que uma oportunidade de fazer aquela corridinha bacana, essa prova é especial pelo propósito que ela carrega: estruturar um centro de diagnóstico próprio. Todo valor arrecadado com a venda dos kits irá para a construção deste centro, que pretende fazer a diferença no tratamento dos pacientes que enfrentam a difícil batalha contra o câncer.
A 2ª Corrida pela Vida vai ser a principal atração do “Domingo na Arena”, dentro da Arena Pernambuco. Os inscritos poderão correr 5k ou 10k, nas modalidades masculina e feminina, e a largada está marcada para as 8h.
As inscrições podem ser feitas no site www.corre10.com.br até quarta-feira, dia 09. Eu estarei lá! Bora?

Vídeo novo no ar! 100 km do frio, família e o Back to Back

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Certamente essa está entre as 3 provas mais emocionantes que participei. Durante meses me preparei para fazer uma excelente ultramaratona porém, alguns contratempos aconteceram e me fizeram pensar em desistir. Veja mais no post que fiz sobre a prova e o back to back.

No vídeo abaixo falo um pouco sobre a prova, do back to back de ter cruzado a linha de chegada com a família e, claro, tem o vídeo da prova.

Se você gostou, dá um like e se inscreve no canal, tá?

Obrigado e até a próxima.

🙂

Ultramaratona de 100 km e o Back to Back conquistado

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No último sábado (22/10), ocorreu a 5ª edição da ultramaratona de 100 km do Frio. No ano passado, tive a oportunidade correr pela primeira vez essa belíssima e desafiante prova. Veja aqui.

A organização da prova premia com um troféu extra todos que fazem solo pelas duas primeiras vezes consecutivas. A premiação se chama “Back to back”, da mesma forma como acontece na Comrades. Essa era a minha maior motivação para realizar pela segunda vez consecutiva a prova. Se eu a concluísse novamente, ganharia o troféu. 🙂

Cá pra nós, a organização da prova merece um belo troféu. Muito bem organizada, planejada e executada. Esta é uma utramaratona que proporciona uma experiência incrível para que decide corrê-la.

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Durante os últimos meses, vim me preparando para realizar uma prova “massa”. Estava bastante confiante, pois tinha feito o longão de 55 km e 60 km muito bem. Estava com boas perspectivas. Porém, no começo de outubro, faltando duas semanas e meia para a data da prova comecei a sentir uma dor no solado do pé esquerdo. Achei que fosse besteira. Subestimei.

O diagnóstico foi fascite plantar. Talvez essa seja a lesão mais complicada para um corredor tratar. Durante dias, mal conseguia andar sem mancar. Parei de correr durante 8 dias, mas continuei nadando, pedalando, intensifiquei o tratamento e a melhora foi boa.  É claro que pensei em desistir. Mas eu não desistiria sem tentar. Estava me preparando psicologicamente para desistir durante a prova caso a dor aparecesse.

O que me deixava preocupado era principalmente a queda do condicionamento físico. Estava muito confiante na realização de uma excelente prova e, de uma hora para outra, iria lutar para “apenas” concluir a ultramaratona. :/

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Na sexta (21/10), em vez de estar na estrada a caminho de Garanhuns para deixar a família no local da chegada da prova, eu estava no hospital com minha filha. Apenas às 17h, quase 4 horas após a nossa chegada na emergência, fomos liberados. As coisas pareciam conspirar contra. Ou seria para eu desistir ou arrumar forças para concluir a prova.

Cheguei em Caruaru às 22h40. Fui dormir quase meia-noite e às 2h10 eu já estava me arrumando para o café da manhã do hotel. Sim, eu não tinha almoçado nem jantado. Enquanto estava no hospital com minha filha comi apenas uma tapioca e tomei um cafezinho. O café da manhã no hotel começou às 3h e às 3h30 seguimos para o local da largada.

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Meu café da manhã foi simples. Comi ovos mexidos com carne de sol acebolada e uma xícara de café puro (sem adoçar). Com a low carb, tenho percebido e vivenciado que não faz muito sentido encher o “bucho” pra correr. Mas isso é outra história. 🙂

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Para a alimentação aos longo dos 100 km levei azeitonas, chocolate 85%, trufas 70%, bananas, castanhas de caju, óleo de coco, mel e bastante água. Mas não consumi metade disso. Por exemplo, não consumi nenhum mel e a barra de chocolate 85% voltou lacrada pra casa.

Às 4h foi dada a largada. Eu estava angustiado e preocupado. Não estava concentrado na prova, mas no pé. Logo passaram 5, 10 15 km e o pé não doía. Pouco antes das 5h15 o dia já estava claro e a paisagem ajudou a distrair um pouco.

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No quilômetro 23, nós saímos da BR-232 e entramos na BR-423. É a partir daí que a brincadeira começa. É praticamente um “retão” até Garanhuns com dezenas de subidas e descidas. Antes de chegar em Ganranhuns, passamos por São Caetano, Cachoeirinha, Lajedo e Jupi.

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Uma das piores partes da prova, na minha opinião, é o começo da BR-423. Como corremos pelo acostamento, o piso não é tão liso. É um tipo de piche com pedrinhas pontiagudas e o acostamento tem uma inclinação mais acentuada. É chato, mas não exige sacrifício.

Até o km 40, eu consumi apenas água. Foi aí que comi uma trufinha 70%. Mas, mesmo me sentindo muito bem, eu ainda continuava focado no pé e não na prova.

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Próximo ao km 55, encontrei Paulinho, um colega da Acorja. Seguimos juntos até o final. Foi nesse ponto que, ao meu ver, o calor e o sol começaram a incomodar mais. Apesar do céu com bastante nuvens, o calor era forte e não tinha vento.

Quando passei da metade da prova bem fisicamente e o pé não doía, comecei a ter mais confiança na conclusão do percurso. Terminaria de qualquer forma. Mesmo que precisasse caminhar 45 km.

No km 60, comi uma banana. E a partir daqui, a cada 4 km (mais ou menos) eu consumia um pouco de azeitona e em intervalos aleatórios comia uma trufinha 70% ou castanhas.

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Logo chegou o km 75, 80, 90 e a certeza que o Back to Back estava garantido. Muitas ladeiras, calor intenso mas nada do pé incomodar. Nenhum sinal de cãibra. A musculatura incomodava sim, principalmente a coxa direita. Porém, no geral, ainda estava fisicamente muito melhor que no ano passado.

Os últimos quilômetros pareciam intermináveis. A ansiedade de cruzar a linha de chegada e encontrar com a família era enorme. Sim, eu tentava conter a emoção desde o primeiro km. Um filme passava na cabeça toda hora. Aqueles meses de treino intenso, noites pouco dormidas, semanas cansativas, lesão no pé, medo de não concluir, a incerteza da conquista do Back to Back e as dezenas de pessoas que torciam por mim, que mandaram mensagens de incentivo e minha família que estava lá na chegada me esperando. Tanta coisa passava na cabeça.

A última subida do percurso estava entre o km 97 e 98. Que ladeira. Interminável. E com aquele sol…

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Quando cheguei na reta final encontrei Cynthia e Júlia. Juju, que na véspera estava no hospital fazendo exames, colocou a medalha em meu pescoço mesmo antes de cruzarmos a linha de chegada. Corremos os últimos metros Juntos, na verdade corremos toda a prova juntos. Elas estavam comigo todo o tempo. Eram a força que eu precisava, a motivação que me não me fez desistir.

Juntos, cruzamos a linha de chegada.

<3

Meu Garmin:

Altimetria:

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Veja o resultado da prova: