Por Mirella Alves, nutricionista*
O estilo “paleo” significa uma alimentação mais parecida com o que nossos ancestrais caçadores/coletores faziam antes de existir a agricultura. Foi com esse tipo de alimentação que nós seres humanos evoluímos.
Na terra existiam diversos grupos de caçadores-coletores, cada um com sua “cultura alimentar”. Existiam grupos que viviam mais da pesca, outros de caça, outros tinham mais acesso a verduras e legumes, enfim o que eu quero dizer é que não existia um único tipo de alimentação e dependendo da localização geográfica havia maior ou menor quantidade de certos alimentos.
Mais importante do que as diferenças entre estas dietas, é o que todas têm em comum: a ausência de produtos refinados, alimentos processados e grãos. É uma alimentação baseada em carnes, legumes, verduras, frutas, oleaginosas e tubérculos. De preferência que esses alimentos sejam orgânicos, ou seja, ovos caipiras, frutas e legumes orgânicos, carnes de animais que vivem soltos e sem nenhum tipo de industrializado.
Assim, com todas as variações geográficas e culturais, podemos descrever da seguinte forma uma dieta paleolítica: – Ausência de grãos; – Ausência de açúcar; – Ausência de laticínios; – Ausência de alimentos processados. Quais os benefícios dessa dieta? A agricultura “só” existe há 10.000, mas nossos antepassados mais antigos existem há mais de 2.000.000 milhões de anos! Ou seja, nossos genes estão muito mais adaptados ao que nós comemos durante esses mais de 2 milhões de anos, do que a esses 10.000 anos!
Em relação aos laticínios sabemos que muitas pessoas tem intolerâncias e mesmo não sendo “paleo” para aquelas pessoas que toleram os laticínios fermentados não tem problemas.
Ser paleo não significa ser low carb, da mesma forma que ser low carb não quer dizer ser paleo.
Low carb é uma expressão em inglês que significa baixo carboidrato. De acordo com as recomendações vigentes das diretrizes nutricionais a quantidade de carboidratos diária deve ser em torno de 45 a 65% das necessidades diárias individuais. Então, se você consumir menos que isso estará fazendo low carb. Não existe uma quantidade específica de percentual que diga “a partir de tantos % é low carb”.
Low carb tem sido muito utilizada para o tratamento de obesidade, síndrome metabólica e diabetes. Muitas pessoas estão utilizando está estratégia para emagrecimento, pois a redução dos carboidratos leva a diminuição da secreção de insulina, um hormônio liberado pelo pâncreas que está diretamente relacionado ao armazenamento de gordura. Lembrando que a insulina não é o único hormônio responsável por isso, mas um dos principais.
Todo mundo precisa fazer low carb? Não necessariamente! Procure um profissional, conheça seu organismo e veja qual a melhor estratégia para a SUA saúde! Lembrando que esses são estilos de vida e a BASE da alimentação pra quem quer ter saúde e disposição são VERDURAS E LEGUMES! Não é dieta da proteína, dieta da moda, dieta da gordura e sim uma dieta com COMIDA DE VERDADE!
* Mirella é Nutricionista e Especialista em Nutrição Clínica LCHF/Paleo
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Contato para consultas: 81 33266291 ou 81 9 92874433
Isabel Morato
Artigo muito bom!